quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sigur Rós - Fljótavík


Well, well... pra quem acompanha o blog sabe que já falei duas vezes sobre Sigur Rós, e sabe também o quanto eu acho a banda estranhamente maravilhosa, ou maravilhosamente estranha, acho que não faz diferença. O que eu não disse é que, dentre os cinco álbuns deles, há três que são meus destaques, meus favoritos, e eu já falei de uma música do Takk (Gong) e uma do Agaetis Byrjun (Svefn-g-Englar), então vou completar essa trinca e falar sobre uma música do meu provável cd favorito deles (já que eu ganhei de aniversário), o fascinante "Með suð í eyrum við spilum endalaust" (!).

O nome é bizarro, mas lembrem-se, é Sigur Rós. Pra começar, está escrito na língua que eles inventaram (o hopelandês), e em português significa "com um zumbido em meus ouvidos, nós tocamos eternamente". A tradução pode não ajudar muito a entender o conceito do álbum, mas o importante são as músicas! haha O álbum que tem os peladões na capa correndo de tênis é claramente dividido em duas partes: A primeira repleta de felicidade e músicas para serem ouvidas com papeis picados caindo na sua cabeça. A segunda com a melancolia típica do Sigur Rós. Claro que eu escolhi uma tristonha pra cá, a tal FLJÓTAVÍK.

Fljótavík (nome de uma região da Islandia) é uma das músicas mais triste que já postei aqui, e digo isso mesmo descartando a tradução, digo pelo instrumental e os arranjos sempre primorosamente bem trabalhados da banda, que passam uma ideia de uma cena bem deprê de filme. Quando se trata de Sigur Rós, não costumo olhar muito as letras, seguindo a ideia deles que o importante é a melodia, tanto que fazem letras em uma língua própria e o vocal de Jonsi sempre parece um instrumento agudo a mais na canção.

Algo importante é notar que esse album, lançado em 2008, é o mais recente da banda, e ele tem uma diferença para os outros: é mais acessível! Digamos que dificilmente alguma música dos álbuns anteriores seriam ouvidas na televisão ou como música ambiente de alguma lojinha que não seja na Islandia (terra deles). Isso sempre tornou o público deles bem restrito. Mas essa obra já traz uma leve tendência à uma universalização de suas músicas, ainda que o cd passa longe de ter músicas comerciais, hits de rádio, etc.
Claro que em uma hora dessas surgem fãs antigos que dizem que Sigur Rós está se perdendo, que estão apelando por popularidade, etc, etc. Bem, esses tipo de gente sempre aparece. Se aparecem até no público de Muse, que tem música no Crepúsculo e Guitar Hero, porque não apareceria entre os ouvintes de Sigur Rós, que teoricamente tem um público quase restrito ao cult? Infelizmente, essa síndrome de underground se espalha em certas pessoas. Mas o correto é não se importar e ouvir as boas músicas, que mais acessíveis ou não, continuam lindas e emocionantes, como Fljótavík! ;)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Kings of Convenience - I'd Rather Dance With You


Está aí uma banda que você apresenta para as pessoas e depois fala "de nada, eu sabia que você ia adorar".

Kings of Convenience é um duo noruegues extremamente carismático e competente nas músicas que faz. Por costume, suas músicas são calmas, repletas de dedilhados fofos de violão, e trazem aquela melodia para você relaxar a qualquer momento do seu dia. Além do mais, são a cara do blog.
Por isso qualquer eu poderia fazer um post para entrar na nossa querida (e desconhecida) máfia do relaxamento, que já tem umas quatro músicas aí do lado pra vc ficar mais... sussa. Mas não, nesse #ruvisday resolvi escolher uma das poucas deles que você não só vai levantar da cadeira como vai sair dançando pelo seu quarto, de preferência da mesma maneira que dança o vocalista, o simpaticosíssimo Erlend Øye!

Sim, dessa vez não apenas ouça a música, como assista também o clipe. Veja lá no começo Øye em sua versão mirim sendo expulso de uma aula de balé só porque ele está dançando no seu mundo particular. Ele cresce, a música começa, e você com certeza vai se divertir com cada passo desengonçado do cara! Eu sei, a cada 400 resenhas que fazem sobre o Kings of Convenience, 399 falam sobre o "jeito desengonçado de Erlend Øye". Mas não tem como fugir mesmo. Ele deve ter uns dois metros de altura e dança espetacularmente mal. É hilário (e dizem que ele faz isso nos shows também haha).

Mas deixando de lado o carisma da dupla e as dancinhas de Øye, vamos falar sobre a música. Como já dito, I'D RATHER DANCE WITH YOU não é um exemplo de uma típica música do KoC, mas ainda assim é um exemplo de qualidade e boa música da última década. Cada nota da canção te faz querer dançar, o que obviamente é proposital, já que o próprio título dela diz "eu prefiro dançar do que falar com você", ou seja, não faria sentido colocar essa letra em uma das suas canções com pianinho ou violãozinho sussa. O esquema é esse, vamos dançar pra não conversar.
Além disso, a voz do Erlend é demais, eu queria ter a voz dele, pra ser sincero.

Como eu sei que quase ninguém conhece os caras, posso perguntar sem medo: Gostaram da banda? Ah, eu sabia que vocês iam adorar...

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ps: post dedicado à RÚVILA, aniversariante do dia, amor da minha vida :) dedicado também à Mirellinas, minha querida amiga que já combinou comigo de ir no show do Kings antes mesmo dos caras pensarem no Brasil. Sim, estamos confirmados lá, antes deles! ;)