domingo, 30 de janeiro de 2011

Death Cab for Cutie - Title and Registration


No último post eu disse que estava mudando minha concepção sobre meu álbum favorito dentre as bandas que ouço e admiro. Sempre afirmei que esse posto era do Athlete, com sua obra-pianinho TOURIST. Mas então surgiu "a outra". Com um nome difícil e estranho e uma coleção de melodias inegavelmente lindas. Um tal de TRANSATLANTICISM, do Death Cab for Cutie.

Em verdade esse álbum caiu em minhas mãos faz um tempinho (virtualmente falando), logo que conheci Death Cab, em 2007, quando um amigo lançou a piada "Não entendo essa história de indie que está surgindo! É só usar all-star e uma camiseta do Death Cab for Cutie, é isso?". Por algum motivo, me dispus a ouvir a falada banda, e logo comecei pelo Transatlanticism (um dia você se acostuma com esse nome e pasme, saberá pronunciá-lo sem nenhuma dificuldade). Por algum motivo, não foi paixão à primeira vista, e isso eu nunca vou entender o porquê; mas isso faz parte, de repente você conhece alguém na sua escola e só três anos depois repara que ela é o amor da sua vida.
Sei que um dia resolvi dar uma atenção a esse álbum, e aí foi fatal. Fui cada vez mais engolindo Death Cab, passando de um album a outro, pesquisando notícias da banda, assistindo clipes, comprando cd... UFA. Um legítimo viciado. A ponto de duvidar se meu album favorito é realmente Tourist, e não Transatlanticism.

Eu já trouxe partes do album timidamente pra vocês: A Lack of Color, com seu violãozinho calmo e sua letra deprê, e Lightness, com seu modo de ver o eterno dilema "razão x coração". E se essas duas músicas não foram motivos suficientes para te convencer que o album é brilhante, aqui vem mais um motivo: TITLE AND REGISTRATION. Um pouco no padrão de A Lack of Color, a música tem um dedilhadinho de violão perfeito, uma melodia relaxante ao extremo, e uma letra deprezinha pra satisfazer o dono do blog, é claro. Acompanhe: Ele começa falando que deveriam trocar o nome do porta-luvas do carro. Afinal, você abre um porta-luvas, e não encontra luvas. Isso pra dizer que ao abrir o compartimento, ele acabou por se deparar com fotos de uma garota com a qual ele se relacionou, e obviamente, tudo acabou. Ou seja, ao invés de luvas, tudo o que ele encontrou foram lembranças de tempos melhores, antes da menina ter dado um pé na bunda dele. BEN GIBBARD GÊNIO. Até pra falar a coisa mais simples do mundo, "vi fotos que eu queria esquecer", ele cria uma boa história para suas composições!

Enfim, para quem gostar, pode ouvir as músicas do Athlete que postei aqui, e as três do Death Cab já citadas hoje, e assim quem sabe pode me dar uma opinião de qual álbum é melhor, Tourist ou Translat... Transatl... Trans o que mesmo?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Athlete - Chances


Lembram-se do primeiro post do meu blog, iniciado com uma banda chamada Athlete? Provavelmente não. Não tem importância, o que realmente interessa é saber duas coisas: que Athlete é uma banda com lindas canções e que você PRECISA conhecer, e que naquele post eu disse que o album TOURIST deles era o meu favorito dentre todas as bandas que eu ouço...
Talvez minha opinião esteja mudando quanto esta última informação, mas isso não muda o fato do álbum ser infinitamente perfeito.

CHANCES abre Tourist. Seu piano melancólico e calmo é o ponto de partida para o que viria a ser um album recheado de melodias emocionantes. É despretensioso, provavelmente o Athlete não tentou fazer algo para chegar ao top das paradas, nem uma obra prima inesquecível. Mas acabou acertando na mosca na receita, como uma sobremesa incapaz de atrair as pessoas por não ser conhecida, mas extremamente prazerosa para aqueles que a experimentam.
Pulando qualquer tosquice que eu possa dizer agora como "experimente essa sobremesa você também :D", vamos dar uma sobrevoada na música que inicia o álbum... O primeiro verso da música traz esse clima já citado de melancolia enquanto o vocalista do Athlete nos aconselha "Aproveite todas as chances que tiver, você nunca sabe quando elas serão desperdiçadas". E após se auto-comparar a um matemático que não consegue resolver uma soma, a música entra em uma explosão incrível, unindo ao piano a guitarra e a bateria, mas nada roqueiro, tudo isso de uma forma incrivelmente triste, enquanto o vocalista diz que "é tudo por causa de seus choros e beijos". Sempre me arrepio pensando em um show com fogos que entram em sincronia com a bateria logo na entrada desse refrão arrebentador. Um pouco doente de minha parte, mas enfim.
O piano triste volta, ele diz "Se eu tivesse a chance de começar novamente, eu iria te procurar", concretizando que a canção fala esclarecidamente sobre arrependimento. Bem, o nome dela é "escolhas", e não é difícil de ver que o eu-lírico fez uma escolha errada em sua relação, sim?
Mais uma explosão no refrão (e mais fogos na minha imaginação), e a música se emenda com um fim de arrepiar enquanto ele lamenta "Eu não calculei como começar novamente", e garanto que, como diversas músicas que já postei aqui (como Broken do Lifehouse), se você se identificar com a letra suponho que você irá morrer ouvindo Chances hahaha :(
Já falei demais (e fazia tempo que eu não analisava uma música do começo ao fim como hoje), então irei me despedir. No próximo post eu falo mais sobre essa história de que meu álbum favorito pode ser outro nos dias atuais... Enquanto isso, degustem esta sobremesa delicious que o Athlete nos proporciona!

Desculpem, não me contive.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fuel - Hemorrhage (In My Hands)


Alguns chamam de “filhos de Nirvana”, alguns rotulam de nu-metal, e por convenção, são marcados de Pós-Grunge. A verdade é que há inúmeras bandas que seguem o estilo da banda de Kurt Cobain até hoje, sem se importar com denominações ou quaisquer outras coisas. Como exemplo, cito a banda que o remanescente do próprio Nirvana criou, Foo Fighters. Ou então, o já citado no blog, Theory of a Deadman. Os leitores já devem conhecer algumas desse estilo, e hoje ajudo vocês a expandir sua coleção de bandas desse tipo com os americanos do FUEL.
Confesso que, há uns dois anos atrás, eu só conhecia os hits do Fuel, nunca me interessei muito pela banda. Mas nos últimos meses fui atrás de mais materiais e não me arrependi, para quem gosta de um rock sem muitos enfeites, vale a pena dar uma olhada (escutada?).
Hemorrhage foi o ponto de partida. A música que começa com um bonito dedilhado parecia ser batida, algo que eu não ouviria muitas vezes, mas quando a guitarra entrou detonando no primeiro refrão, e a frase “in my hands, in my hands again” ficou martelando minha cabeça, percebi que a canção era forte, das boas.
Mostrei para minha namorada numa certa tarde de novembro e ela não gostou. Tudo bem, talvez seja necessário ouvir a música algumas vezes para se familiarizar, mas tenho certeza que a qualidade da mesma é indiscutível, a guitarra e a bateria entram em uma sincronia perfeita, enquanto o vocalista canta com toda emoção os versos de uma conversa, provavelmente entre um casal que rompeu o relacionamento, dizendo: “não desapareça e deixe o amor sangrando em minhas mãos novamente”. Um pouco bizarro até, mas te garanto que os versos em inglês “leave love bleeding” parecem perfeitamente encaixados (tal como “love lies bleeding”), o que você já deve ter percebido se deu um play no vídeo.

Uma curiosidade: Em 2006, o vocalista Brett Scallions deixou a banda, enquanto simultaneamente um participante do American Idol cantava Hemorrhage no programa para se classificar para a próxima fase. Esse participante era Chris Daughtry, que terminou por ser o vencedor dessa edição do programa. Admirados, os integrantes restantes do Fuel o chamaram para ser o novo vocalista deles. Mas Chris recusou o convite, fundando sua própria banda - famosa hoje – a chamada “Daughtry”.
Toryn Green se tornou o novo vocalista, permanecendo por quatro anos no “cargo”. Em abril de 2010, o Fuel anunciou em seu site que Brett Scallions estava de volta, pronto para as gravações do quinto album.